Muito legal a sua colocação, professor. Atualmente estou fazendo minha monografia sobre como a linguística poderia ajudar em novos conteúdos nas aulas de língua pátria e estrangeira. No caso, concordo plenamente em não abandonar a gramática normativa, muito pelo contrário; devemos usar e abusar dela, mas levar o aluno a compreender de onde aquilo vem, os motivos daquilo acontecer. Estou usando, no caso, exemplo do expletivo 'it' em inglês, pois como professora de inglês, vejo muitos alunos e principalmente adultos, terem dificuldade de assimilar o motivo de ter que usar o pronome 'it', já que no português, neste caso, podemos omitir o sujeito. Mas como explicar isso para o aluno? Esse é o meu ponto. Talvez, usar a linguística na sala de aula como uma "curiosidade" desde o 6° ano... Explicar de onde a linguagem vem, com materiais lúdicos... Talvez um cérebro para pintar na aula de português/língua estrangeira para o aluno ter a noção que a gramática dele está ali e que tudo o que ele vai aprender sobre aquilo que ele já adquiriu, está presente no cérebro... E explicar um pouquinho disso...Enfim... Concordo plenamente com seu ponto de vista; a linguística deve somar no aprendizado e não dividir! Acho que ter o senso de 'self', fazer o aluno observador de sua língua pode ajudar, inclusive, no aprendizado de segundas línguas!
Sobre essa questão do sujeito, eu acho que talvez ajude apontar casos em que até no português nós usamos sujeitos que poderiam ser dispensados. Nós fazemos "houveram problemas", tratando "problemas" como sujeito, mesmo sem ser. Fazemos "você tem muito assalto nesse bairro", com um sujeito "você", para dizer algo que tem valor existencial, não de posse, como "tem/há muito assalto...". Fazemos frases genéricas com "você paga muito imposto no Brasil" para dizer "paga-se muito imposto no Brasil". Encontramos até frases como "Essas cidades chovem muitos" ou "Esses meses chovem muito". Tudo indicando que há alguma força psicológica que faz com que sentenças conjugadas tendam a ter alguma coisa na função de sujeito.
Muito interessante sua colocação, eu não tinha pensado por esse lado, na explicação. Sempre que algum aluno me pergunta, falo sobre os expletivos e tento explicar o que essas palavras são, já que estamos falando de adultos, mas nem sempre acho que entendem; ainda que eu não entre em muitos detalhes formais da linguística. Como sempre, obrigada pelos debates enriquecedores, professor. É sempre demais "trocar uma ideia" com você!!
Muito legal a sua colocação, professor. Atualmente estou fazendo minha monografia sobre como a linguística poderia ajudar em novos conteúdos nas aulas de língua pátria e estrangeira. No caso, concordo plenamente em não abandonar a gramática normativa, muito pelo contrário; devemos usar e abusar dela, mas levar o aluno a compreender de onde aquilo vem, os motivos daquilo acontecer. Estou usando, no caso, exemplo do expletivo 'it' em inglês, pois como professora de inglês, vejo muitos alunos e principalmente adultos, terem dificuldade de assimilar o motivo de ter que usar o pronome 'it', já que no português, neste caso, podemos omitir o sujeito. Mas como explicar isso para o aluno? Esse é o meu ponto. Talvez, usar a linguística na sala de aula como uma "curiosidade" desde o 6° ano... Explicar de onde a linguagem vem, com materiais lúdicos... Talvez um cérebro para pintar na aula de português/língua estrangeira para o aluno ter a noção que a gramática dele está ali e que tudo o que ele vai aprender sobre aquilo que ele já adquiriu, está presente no cérebro... E explicar um pouquinho disso...Enfim... Concordo plenamente com seu ponto de vista; a linguística deve somar no aprendizado e não dividir! Acho que ter o senso de 'self', fazer o aluno observador de sua língua pode ajudar, inclusive, no aprendizado de segundas línguas!
Obrigado pelo comentário!
Sobre essa questão do sujeito, eu acho que talvez ajude apontar casos em que até no português nós usamos sujeitos que poderiam ser dispensados. Nós fazemos "houveram problemas", tratando "problemas" como sujeito, mesmo sem ser. Fazemos "você tem muito assalto nesse bairro", com um sujeito "você", para dizer algo que tem valor existencial, não de posse, como "tem/há muito assalto...". Fazemos frases genéricas com "você paga muito imposto no Brasil" para dizer "paga-se muito imposto no Brasil". Encontramos até frases como "Essas cidades chovem muitos" ou "Esses meses chovem muito". Tudo indicando que há alguma força psicológica que faz com que sentenças conjugadas tendam a ter alguma coisa na função de sujeito.
Muito interessante sua colocação, eu não tinha pensado por esse lado, na explicação. Sempre que algum aluno me pergunta, falo sobre os expletivos e tento explicar o que essas palavras são, já que estamos falando de adultos, mas nem sempre acho que entendem; ainda que eu não entre em muitos detalhes formais da linguística. Como sempre, obrigada pelos debates enriquecedores, professor. É sempre demais "trocar uma ideia" com você!!
Eu também agradeço. Isso me deu uma ideia para um futuro texto para a newsletter.
Sim, é verdade. Sinto falta disso.